quinta-feira, 1 de julho de 2010

[Review] Grounded #0


De modo geral, para mim, é difícil fazer criticas das historias do Superman. Eu sou um entusiasta. Eu gosto de muita coisa e relevo as coisas que não gosto. Eu o fiz muitas vezes durante a fase de Nova Krypton.

Não me entenda mal. Eu gostei muito da fase. Mas tinha coisas ali que faziam você torcer muito o nariz para as histórias.

A Superman #700 chegou e trouxe com ela o inicio da aguardada fase de JMS sob o comando do Homem de Aço. Em uma pequena historia de 10 paginas, vemos como o Superman foi sacudido de forma inimaginável por um tapa. Um tapa de uma mulher que o atingiu com mais força do um soco do general Zod. E eu posso dizer: Há muito tempo eu não vejo o Superman sendo tratado de maneira tão humana como nessas 10 paginas.

Quando eu soube que Straczynski iria assumir o Superman, eu imediatamente me animei. Eu sabia que ele iria tratar o Superman não como um herói. Ele trataria da forma como ele deve ser tratado: Como um mito. O que eu não esperava era que ele iria, logo de inicio, colocar esse mito à prova. Iria, em uma revista, fazer o Homem de Aço cambalear e questionar suas prioridades e ter que parar para se reestruturar.


Superman está encarando as consequências da guerra. Ele que é considerado um deus por muitos (inclusive por esse que vos fala) foi retirado de seu pedestal e colocado em frente à mídia para responder sobre suas prioridades. O mundo já não confia tanto no Homem de Aço e ele se põe na frente de todos para mostrar que ele ainda é o nosso protetor.

Quando uma mulher passa pelos repórteres e da um tapa no resto do Superman. Um único tapa. Imediatamente a multidão de repórteres fica chocada com a atitude da desconhecida.


Mas o Homem de Aço se adianta e diz: “Deixe ela falar.” A mulher havia perdido o marido, vítima de um câncer cerebral inoperável. Entretanto, ela culpava o Superman. Ela sabia que, se ele estivesse na Terra, ele conseguiria salvar seu marido.

De inicio eu pensei: “Mas hein?! Ela queria que o Superman parasse de salvar o mundo para operar o câncer do marido? Que forçado!” Mas então eu lembrei que as pessoas são assim! Quando perdem alguém que amam elas culpam a tudo e todos, se haviam uma chance de salvar essa pessoa ela vai se agarrar nisso com unhas e dentes. O fato é: O Superman NÃO estava lá. Ele estava ocupado demais cuidando de ameaças intergalácticas e interplanetárias e esqueceu das pessoas.

Esse tapa o faz pensar sobre o quão distante ele havia se tornado das pessoas. Ele procura os outros heróis e percebe que isso não foi algo unicamente atribuído à ele. As ameaças se tornaram grandes demais, e os heróis estavam ocupados demais para cuidar das pessoas por si só. Era hora de voltar às raízes. Lembrar do que realmente importava. As pessoas.

0 comentários:

Postar um comentário