segunda-feira, 17 de maio de 2010

A era da Caça às Bruxas, o fim dos scans no Brasil?


Não é de hoje que as autoridades legais estão tentando controlar o fluxo de distribuição de conteúdo de marca registrada que circula pela internet. Afinal, segundo os mais críticos, a Internet foi responsável pelo “fim” da industria fonográfica e representou um grande declínio na industria dos cinemas (mesmo que o 3D tenha aparecido para dar uma segurada nisso).

Como a maioria das outras, a industria dos quadrinhos foi prejudicada pela Internet. Especificamente falando do Brasil, alguns grupos de scans demonstram estar mais preparados, mais organizados e, por que não dizer, mais dedicados ao “trabalho” que vêm fazendo.

Falar sobre como resolver a questão é uma coisa delicada. Mesmo as grandes editoras possuem uma opinião diversificada sobre o assunto. Enquanto a Marvel já anunciou que vai perseguir que distribui seus scans, a DC já declarou que considera suas publicações uma arte, e que o leitor de verdade não vai trocar sua “arte” por um scan. E é com esses leitores que a editora está preocupada.

Em partes eu concordo com o posicionamento das duas editoras. Quadrinho, para mim, é arte. Eu faço questão de comprar o material que me agrada, sobre o personagem que eu gosto. Mas é aí que entra o detalhe. Arte também pode ser ruim!

Essa, para mim, sempre foi a função do scan. É como um “test drive” na historia que eu vou, futuramente, comprar. Eu já vi conhecidos que diziam que se tivessem lido a “O Cavaleiro das Trevas 2” antes de compra-la, não teria gastado um único centavo na revista. Será que tentar lutar contra os scans, então, é algo assim tão inteligente? Eu mesmo posso citar uma infinidade de exemplos de pessoas que só começaram a ler hq’s graças aos scans. E eu não nego, sou uma delas.

Nos últimos dias, grandes distribuidoras de scans e grupos de tradução foram denunciados e fechados por distribuição ilegal de material. Com isso, fóruns e blogs foram encerrados.

Não que eles não estejam no direito. Distribuir scan é distribuir produto “pirata”, afinal. Mas será que não havia uma saída melhor? Eu canso de falar que, se não tivesse que esperar um ano para as historias chegarem aqui, eu nem precisaria baixar scan. Se a diferença fosse, sei lá, uns 2 ou 3 meses.

Eu me pergunto se essa é mesmo a solução. Será que essa é a única defesa dos quadrinhos diante dos scans? “Se não podemos vence-los com competência e preços justos, vamos eliminar a concorrência”? A industria dos quadrinhos, aparentemente, resolveu ir para o lado mais fácil da historia. Eliminar a concorrência.

3 comentários:

Azazel Pistis disse...

É nóis, produzindo a todo vapor... :)

17 de maio de 2010 às 16:12
Athlon disse...

E ai pessoal, novidades?

17 de maio de 2010 às 20:17
Azazel Pistis disse...

Da minha parte sim, continuo produzindo Batman, tão logo o site volte eu postarei. :)

18 de maio de 2010 às 12:53

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